Labirintite: o que é, sintomas, causas e como tratar

Frequentemente o termo labirintite é usado de maneira equivocada. Não raro, quando alguém sofre com tonturas e começa a sentir vertigem, é bem possível que as pessoas ao redor logo digam que ele possa estar com labirintite, não é mesmo? É bem possível que até você mesmo tenha dito isso ou ouvido essa informação dos outros.

Entretanto, esses sintomas nem sempre indicam o problema. Além disso, a labirintite é apenas uma das doenças que afeta o labirinto.

Portanto, entenda tudo a respeito da labirintite: o que é, sintomas, causas e como tratar, além de outras informações pertinentes. Se você se interessou pelo assunto e quer saber mais, então, continue lendo este artigo e confira os tópicos a seguir:

  • O que é labirintite
  • Tipos de doença no labirinto
  • Sintomas da labirintite
  • Causas do problema
  • Fatores de risco para a doença
  • Quais são os tratamentos
  • Como conviver com a labirintite
  • É possível evitar o problema?
  • E se ocorrer perda de audição?

O que é labirintite

A labirintite é uma das doenças que afeta o labirinto, mais especificamente, uma inflamação que, em geral, está associada a outra infecção. As mais comuns nesse caso são a meningite e a otite.

Além disso, a labirintite é uma doença rara, que acomete, em especial, pessoas que já ultrapassaram os 40 anos. Como dito, o problema acomete o labirinto, bem como as suas estruturas, as quais são responsáveis pela audição, como é o caso da cóclea.

Outra estrutura do labirinto que pode ser afetada é o vestíbulo, que atua sobre o equilíbrio. Para compreender melhor, é preciso saber que o labirinto é a região da orelha interna ligada não só à audição e à noção de equilíbrio, como também à percepção da posição corporal.

Além disso, é dividido em duas partes: o labirinto posterior e o anterior, e formado ainda por um tecido ósseo e por outro membranoso. O seu formato é de caracol e possui um líquido viscoso, a endolinfa, entre as suas camadas.
Vale dizer, inclusive, que mais uma forma errônea de falar a respeito dessa doença é associando-a a qualquer distúrbio na região do ouvido interno. Desse modo, os problemas que afetam essa parte do corpo são chamados de labirintopatias, sendo a labirintite uma delas.

Tipos de doença no labirinto

Já que estamos falando sobre a diferença entre labirintite e as demais doenças que afetam o labirinto, vamos dar um pequeno resumo a respeito de cada uma delas. No caso das labirintopatias, podem acometer pessoas de todas as idades, inclusive, crianças.
Dessa forma, as tonturas relacionadas ao labirinto podem ser divididas nos seguintes tipos:

• Vertigem paroxística benigna
Também chamada de VPPB – Vertigem Posicional Paroxística Benigna é considerado o tipo de tontura mais comum nas pessoas. A sua causa é o desarranjo dos cristais que existem dentro do labirinto e que ajudam na localização da posição da cabeça.

Dessa forma, quando os cristais estão fora do lugar, provocam um conflito de informações, sendo que esse deslocamento pode ser desencadeado por diferentes razões. Entre elas, traumatismos cranianos e alterações metabólicas, a exemplo do colesterol alto e da diabetes.

Essas situações podem fazer com que os cristais se desprendam do seu local de origem. Com isso, a tontura ocasionada por esse quadro é rápida e forte, com duração curta. É mais comum quando a pessoa se deita ou se levanta da cama ou se abaixa para amarrar os cadarços.

Virar a cabeça para trás ou para cima são outros movimentos que podem levar à tontura. Quanto ao tratamento, consiste na chamada manobra para reposicionamento dos cristais do labirinto, que deve ser feita por um especialista. Em geral, duas manobras são suficientes.

• Síndrome de Ménière
Incide em uma alteração do labirinto, mais normalmente provocada por problemas metabólicos ou maus hábitos alimentares. Junto com a VPPB, essa doença é responsável por 50% dos problemas no labirinto.
Nesse caso, as vertigens são fortes e podem durar horas ou dias, assim como a labirintite. Os sintomas também são variados, como perda da audição, zumbido, vômito e náusea.

• Cinetose
Conhecida como mal do movimento ou enjoo de movimento, trata-se de uma tontura, acompanhada de palidez, náusea e suor excessivo. O mais comum é que acometa a pessoa quando estiver em veículos em movimento, como trens e barcos.
Esse quadro é agravado quando o paciente realiza o movimento sequencial do olhar. No entanto, pode ser evitado com a fixação dos olhos em objetos que estejam bem a sua frente.

• Migrânea vestibular
O seu principal sintoma é a enxaqueca, sendo uma doença crônica multifatorial. Nesse caso, a enxaqueca é em apenas um dos lados, fica pulsando e está relacionada à foto e fonofobia, além de causar náuseas e vômitos.
Também causa crises de vertigem e é mais vista em mulheres de meia idade. O problema está associado a alterações relativas ao metabolismo dos carboidratos.

Sintomas da labirintite

Os principais sintomas que podem ser percebidos em pessoas com labirintite são os seguintes:

  • Perda auditiva
  • Tontura
  • Vertigem
  • Zumbido
  • Náuseas e vômito
  • Sudorese
  • Alterações gastrintestinais
  • Desequilíbrio
  • Dor de cabeça
  • Queda de cabelo

Como se verifica, os sintomas também são causados por outras condições de saúde, o que prejudica um diagnóstico rápido da labirintite. Porém, o sinal mais predominante nos pacientes é a vertigem, ou seja, quando a pessoa sente que tudo ao seu redor está girando.

Além disso, a fase aguda da doença pode aparecer de forma repentina, sendo que as crises podem ter duração de apenas alguns minutos ou mesmo horas e até chegar a durar dias. Tudo isso vai depender da sua intensidade.

Já que esse problema está associado a outras infecções, pode ser desencadeado após resfriados e gripes. Se assim for, os sintomas podem se estender por uma ou duas semanas. E, embora os desmaios não estejam entre os sinais da doença, é melhor evitar se deitar.

Isso é recomendado a fim de prevenir que a tontura se torne mais grave. E mais, já que os sintomas da labirintite são parecidos com os de outras doenças, vale dizer que entre elas estão o acidente vascular cerebral (AVC) e os tumores.

Diabetes e hipertensão arterial quando não tratadas também provocam sinais que se assemelham à labirintite. Todos esses casos são graves e devem contar com a ajuda de um especialista. Portanto, de qualquer forma, é necessário consultar um médico.

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Causas do problema

As causas mais comuns da labirintite são as infecções bacterianas e virais. Porém, outros quadros podem levar à doença, como alergias, lesões na cabeça, reações a remédios e mesmo problemas na circulação do sangue, quando afetam o ouvido interior ou o cérebro.

Lesões no sistema visual ou musculoesquelético, alterações genéticas, compressões mecânicas e até mesmo o envelhecimento são outras origens do problema. Mesmo assim, a medicina ainda não conhece com exatidão como funciona o mecanismo que provoca a doença.

De qualquer forma, sabe-se que, quando a labirintite se manifesta, as áreas do ouvido interno ficam inflamadas e irritadas. Por sua vez, isso faz com que os nervos do vestíbulo enviem sinais incorretos ao cérebro, como se o corpo estivesse se movendo.

Outros sentidos, entretanto, não detectam o movimento, como a visão. Dessa forma, ocorre uma confusão entre os sinais recebidos e a consequência disso é a tontura e o desequilíbrio.

As causas da labirintite podem ser divididas da seguinte forma:

  • Bacterianas: provocada pela invasão de uma bactéria no labirinto, a exemplo da meningite
  • Virais: causadas pelas infecções por vírus, que acometem vias aéreas, boca e nariz
  • Emocionais: esse tipo é desencadeado pelo estresse.

Fatores de risco para a doença

Há também os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento da labirintite, uma vez que são situações que tornam o organismo mais vulnerável ao problema. É possível citar as seguintes circunstâncias:

  • Idade acima de 40 anos
  • Diabetes
  • Hipertensão
  • Hipoglicemia
  • Colesterol, triglicerídeos ou ácido úrico em altos níveis
  • Otite
  • Fumo
  • Excesso de álcool, açúcar e café
  • Má alimentação
  • Jejum prolongado
  • Uso de certos medicamentos, a exemplos dos prescritos para ansiedade e estresse, bem como alguns antibióticos e anti-inflamatórios.

Quais são os tratamentos?

Em muitos casos, as crises de labirintite desaparecem sozinhas, sem que nada tenha que ser feito. No entanto, há remédios que são indicados para quem sofre do problema, a fim de amenizar as crises, inclusive, quando há vertigem, já que pode durar semanas

Entre os remédios mais comuns para esse caso estão os seguintes:

  • Labirinto-supressores: extinguem a tontura por meio da ação no sistema nervoso
  • Vasodilatadores: promovem a circulação do sangue, melhorando o volume dos vasos
  • Anticonvulsivantes e antidepressivos
  • Medicação para enjoo, quando o sintoma acompanha o problema

Além disso, é importante tratar o que está causando a labirintite, no caso de ser uma infecção. Dessa forma, se a crise for desencadeada por uma infecção bacteriana, é bem provável que o médico receite um antibiótico.


Já quando a infecção for viral, o mais comum é que o profissional indique remédios que reduzam os sintomas de vômito e náusea. Alguns exemplos são os seguintes:

  • Anti-histamínicos
  • Corticoides, se os sintomas forem graves
  • Medicamentos para controlar náusea e vômitos
  • Medicamentos para aliviar a tontura
  • Sedativos, a fim de reduzir a ação do labirinto

Existe ainda outro tipo de tratamento, que é o chamado reabilitação do labirinto e consiste em uma terapia de várias sessões. O seu objetivo é o de melhorar o desempenho de todo o sistema do equilíbrio.

Para tanto, o paciente executa exercícios acompanhado de um fisioterapeuta ou fonoaudiólogo, para estimular os componentes do equilíbrio. Além de ser indicado, principalmente, para pessoas idosas podem prevenir novas crises.

No entanto, de forma alguma o paciente pode se automedicar. Afinal, se ele diagnosticar erroneamente a causa do problema e tomar um remédio por conta, além de não surtir os efeitos desejados, podem aparecer outros problemas de saúde.

Como conviver com a labirintite

Já que algumas pessoas têm crises de labirintite com alguma frequência, é necessário aprender a conviver com o problema. É adequado ainda promover algumas mudanças no seu estilo de vida, a fim de evitar crises repetidas.

Em geral, os novos hábitos estão justamente associados a muitos dos fatores de risco. Veja quais são algumas das recomendações mais relevantes:

  • Beber álcool com moderação
  • Evitar o tabagismo
  • Ter uma boa alimentação, para controlar os níveis de colesterol, triglicerídeos, ácido úrico e de açúcar no sangue
  • Não ficar sem comer por longos períodos
  • Praticar atividades físicas com regularidade
  • Ingerir muita água todos os dias
  • Fazer atividades prazerosas a fim de prevenir o estresse e a ansiedade.

É possível evitar o problema?

Com as mudanças no estilo de vida é possível até mesmo evitar que você seja acometido pela labirintite. Já depois que ocorre a primeira crise, você pode prevenir novos episódios com os hábitos saudáveis que ajudam na prevenção da doença.

Desse modo, se o tratamento médico e as recomendações forem seguidas, em até três meses, o paciente pode não ter mais o problema. No entanto, quanto mais idade a pessoa tiver, maiores são as chances dos sintomas persistam.

No caso de pacientes que tiveram como sinais da labirintite a perda auditiva, a deficiência pode se tornar permanente. Além disso, quando não existe o tratamento adequado, o paciente pode até mesmo ter as suas atividades do dia a dia limitadas.

De qualquer forma, mesmo quem sofre com crises leves deve ter cuidado. Assim, é melhor evitar algumas tarefas, como realizar atividades com as quais pode se ferir, durante as crises. É indicado ainda evitar as mudanças bruscas de posição, a leitura e a exposição a luzes fortes.

E se ocorrer perda de audição?

E mais, se você sofrer de labirintite e, por isso, passar por uma perda auditiva, é de extrema importância buscar ajuda médica para começar a usar um aparelho auditivo. O otorrinolaringologista é o especialista que deve ser procurado.

É esse profissional que vai verificar o quanto a sua audição foi acometida. A partir disso, chega a hora de consultar com um fonoaudiólogo, bem como visitar empresas de aparelhos auditivos sérias no mercado que ajudem você a escolher o dispositivo mais apropriado.

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